Regional de Ribeirão Preto realiza campanha de educação ambiental; confira o 9º artigo da série
[datar]A Regional de Ribeirão Preto fez uma parceria com a empresa Vereda Viva, de Consultoria Ambiental, e vem realizando ações de educação ambiental na cidade.
O primeiro evento foi um encontro com associados e moradores do Recreio Internacional, onde está o Centro de Convivência, no dia 13 de junho de 2015. A outra atividade foram vivências com alunos do 1° ao 5º ano, na EMEF Eponina Britto Roseto, que aconteceu no dia 29 de julho do mesmo ano.
Foram também publicados artigos sobre meio ambiente no site da Afresp. Veja abaixo o nono artigo da campanha.
A guarda responsável de animais domésticos e o equilíbrio ambiental
O Brasil possui uma das maiores riquezas do mundo em espécies de animais. Mais de 116 mil espécies da fauna nativa já foram catalogadas, sendo aproximadamente 11 mil de vertebrados. No entanto, muitos fatores ameaçam a nossa fauna, como desmatamento, tráfico de espécies, contaminação do ambiente, atropelamentos em rodovias, etc. Dentre estes, a presença de animais domésticos nas matas próximas de centros urbanos tem causado grande transtorno à fauna nativa.
Ao longo de milhões de anos, a sábia natureza selecionou as espécies predadoras de forma harmoniosa em seus ambientes naturais, de tal modo que elas buscam seu alimento sem esgotar a fonte e, ao mesmo tempo, controlam o tamanho da população de suas presas. Os lobos, por exemplo, fazem um revezamento dos locais e das espécies que caçam, possibilitando o tempo necessário ao reequilíbrio do ambiente. Já os animais domesticados, distantes da essência selvagem de seus ancestrais, comportam-se de forma muito diferente. Quando abandonados nas cidades, cães e gatos domésticos buscam abrigo e alimento em matas das proximidades e, após algum tempo, passam ao estado feral, caçando indiscriminadamente todos os animais que encontram, especialmente as aves e pequenos mamíferos. Além disso, os cães e gatos ferais transmitem doenças contagiosas aos animais silvestres, como toxoplasmose, sarcosporidiose e raiva.
Domesticados há milhares de anos para o exercício de uma função, como companhia na caça ou proteção do lar, cães e gatos passaram a fazer parte das famílias e um novo significado para essa relação foi estabelecido. Muito mais do que bichinhos de estimação, os nossos amigos peludos são seres muito queridos e merecem nosso afeto e cuidados adequados. No entanto, atualmente vemos uma situação muito controversa dos animais domésticos em nossa sociedade. Por um lado, um excesso de humanização dos pets, com cuidados desnecessários que podem, inclusive, afetar o bem-estar animal. Por outro, o abandono de milhões de animais à própria sorte, principalmente quando há procriação não desejada, quando o animal fica idoso ou quando a família se muda. A guarda não responsável dos animais de companhia e o abandono podem gerar inúmeros problemas sociais e ambientais.
Dessa forma, ao assumirmos a guarda de um animal, devemos ter em mente que seremos responsáveis pelo atendimento de suas necessidades físicas, psicológicas e ambientais por muitos anos, assim como pela prevenção dos riscos de agressão, transmissão de doenças ou danos que o animal possa causar à comunidade, ao ambiente ou à fauna silvestre. Estes cuidados incluem a higiene (atentando-se para não exceder na humanização dos pets), vacinação, alimentação adequada, passeio regular, recolhimento dos dejetos em parques, praças e calçadas, castração para evitar crias indesejadas, adestramento quando necessário, cuidados especiais na velhice. Cuidar dos animais com consciência é um ato de amor e uma ação efetiva para a construção de um ambiente mais equilibrado e de uma sociedade mais responsável.
Anayra G Lamas Alcantara/ Aloysio P Teixeira
VEREDA VIVA Consultoria Ambiental LTDA