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Regional de Ribeirão Preto realiza campanha de educação ambiental; confira o 10º artigo da série

4 de abril de 2016 Notícia

Regional de Ribeirão Preto realiza campanha de educação ambiental; confira o 10º artigo da série

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A Regional de Ribeirão Preto fez uma parceria com a empresa Vereda Viva, de Consultoria Ambiental, e vem realizando ações de educação ambiental na cidade.

O primeiro evento foi um encontro com associados e moradores do Recreio Internacional, onde está o Centro de Convivência, no dia 13 de junho de 2015. A outra atividade foram vivências com alunos do 1° ao 5º ano, na EMEF Eponina Britto Roseto, que aconteceu no dia 29 de julho do mesmo ano.

Foram também publicados artigos sobre meio ambiente no site da Afresp. Veja abaixo o décimo artigo da campanha.

“Nesta terra, em se plantando, tudo dá”

O famoso ditado popular “tudo o que se planta dá” surgiu de um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, que relatava ao rei de Portugal Dom Manuel suas impressões ao chegar em terras tupiniquins que, posteriormente, viriam a se chamar Brasil. Não apenas pela exuberância das matas que neste solo cresciam, mas, principalmente, por tudo o que poderia ser extraído dele, como madeira, minérios, metais preciosos e alimentos, a terra sempre teve grande valor. Seja no meio urbano ou rural, a terra é um dos recursos naturais mais valiosos e mais importantes para a sobrevivência humana. Sangue é derramado em sua defesa. Infelizmente, não está livre dos impactos ambientais causados pela exploração humana, cada vez mais predatória.

O solo que vemos na superfície do planeta é uma pequenina parte do pacote de rochas sobrepostas que formam a crosta terrestre. As rochas e o solo são formados por um ou mais tipos de minerais, e grande parte do solo é composto por bactérias. Um solo é considerado fértil se possuir nutrientes essenciais e disponíveis ao crescimento das plantas, e se não estiver contaminado. Entretanto, um solo fértil pode tornar-se infértil, na medida em que seus nutrientes são utilizados e não são repostos. Em uma floresta, os nutrientes absorvidos pelas raízes das plantas são devolvidos ao solo quando suas folhas, galhos e troncos morrem, caem ao solo e são decompostos, voltando a incorporar o solo. Já em uma monocultura convencional, os nutrientes absorvidos pelas plantas deixam o local no momento da colheita. Por isso, periodicamente os produtores adicionam fertilizantes ao solo, e aí reside um grande problema: fertilizantes, especialmente os nitrogenados, causam inúmeros impactos ao ar, à água e à fauna. Ao entrar em contato com as bactérias do solo, o nitrogênio presente nos fertilizantes é convertido em um gás causador do efeito estufa, que contribui para o aquecimento global. Ainda, o excesso de fertilizantes é carreado para os corpos d’água ou para os lençóis subterrâneos, contaminando a água e afetando a fauna.

Outro sério problema que ocorre no meio rural é a utilização de agrotóxicos nas plantações. Além de envenenar o solo, os agrotóxicos se infiltram com a água das chuvas e podem alcançar os lençóis freáticos. Atualmente, com o aumento da tomada de consciência pela sociedade, produtos orgânicos estão sendo muito bem vistos e valorizados pois, além de não prejudicarem o meio ambiente, são muito mais saudáveis e livres de veneno.

Ainda, a mineração possui grande parcela da responsabilidade pela perda de solo e a destruição de florestas, já que para a extração de recursos formados por milhares ou milhões de anos, é necessária a retirada da mata, a quebra, perfuração ou escavação do solo. Isso sem contar a contaminação da água por metais pesados, os impactos à fauna e as condições de trabalho a que são submetidos os mineiros.

No meio urbano, os principais danos ao solo estão relacionados à disposição inadequada de resíduos sólidos ou líquidos. Os lixões ainda são os principais destinos do lixo da maioria dos municípios brasileiros. Nos lixões, o solo fica em contato direto com as montanhas de lixo apodrecendo, que geram o chorume, um líquido malcheiroso que contamina não somente o solo, mas as águas subterrâneas sob ele. Estas áreas, mesmo que desativadas, ficam contaminadas por séculos e tornam-se áreas de risco para a urbanização ou para o cultivo agrícola. Em relação aos resíduos líquidos, o esgoto doméstico lançado sem tratamento contamina o solo por onde passa, a céu aberto, em busca de córregos urbanos. Atualmente, mais de 100.000.000 de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto. Por não ter visibilidade política, o saneamento básico, que deveria ser prioridade de qualquer governo, acaba ficando em segundo plano.

Sabemos que o ser humano pode causar sérios danos, muitas vezes irreversíveis, ao meio em que vive. Sabemos também que, pela grandeza de seu potencial criativo, o ser humano pode impactar positivamente, utilizando a tecnologia a favor do meio ambiente, recuperando situações degradadas anteriormente, trabalhando para melhorias das políticas públicas e lutando para vê-las realizadas. Somente assim não iremos exaurir os recursos que a Terra nos fornece tão generosamente.

Anayra G Lamas Alcantara/ Aloysio P Teixeira
VEREDA VIVA Consultoria Ambiental LTDA
www.veredaviva.com.br


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