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Grupo de reforma tributária da Febrafite se reúne na sede da Afresp

2 de agosto de 2018 Classista

O grupo de trabalho permanente da Febrafite sobre a reforma tributária, coordenado pela auditora fiscal do Mato Grosso do Sul e diretora de Estudos Tributários da Federação, Gigliola Decarli, esteve reunido em 30 e 31 de julho, na sede da Associação dos Agentes Fiscais de Renda do Estado de São Paulo (Afresp), na capital paulista.

O grupo debateu as principais propostas sobre a reforma no cenário nacional, em especial, a proposta pelo deputado Federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e a do Sindifisco Nacional. Além disso, também abordou sobre os princípios informadores da versão atualizada da proposta da Febrafite, que será encaminhada aos candidatos à Presidência da República e apresentada na comissão especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 293/04, neste mês de agosto.

Fazem parte do grupo os auditores fiscais das Receitas Estaduais: Juracy Soares (presidente da Febrafite), Rodrigo Keidel Spada (presidente da Afresp), Maria Aparecida Neto Lacerda e Meloni, Marcelo Mello e Jorge Couto (vice-presidentes da Federação), José Caetano Mello (diretor Jurídico); o diretor de Assuntos Estratégicos da Afresp, José Roberto Soares Lobato; a diretora da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg), Sara Costa Felix Teixeira, entre outros. O auditor fiscal gaúcho (quem trouxe ao Brasil o modelo de tributação do ICMS Personalizado), Giovanni Padilha, participou como convidado.

Giovanni Padilha, que representa o estado do Rio Grande do Sul no GT-47 (Reforma Tributária) no CONFAZ, apresentou os princípios informadores e as principais características da proposta de aperfeiçoamento do ICMS que está em discussão entre os estados, com vistas a ser apresentada aos secretários de Fazenda na próxima reunião do Conselho Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz).

Resumidamente, a proposta apresentada por Padilha propõe a substituição dos tributos hoje existentes sobre o consumo e produção por três tributos: dois sobre valor adicionado (uma contribuição, CSS, que substituiria PIS e Cofins), e um imposto, ICMS (ou IBS), (que substituiria ICMS e ISSQN), além de um imposto seletivo, IS, de competência da União. A receita do ICMS seria partilhada entre estados e municípios, na proporção de 70% – 30%, respectivamente. O imposto seletivo federal, IS, substituiria o IPI e a CIDE-combustível, incidindo sobre o consumo de produtos com externalidades negativas, sendo seu produto repartido entre a União e os Estados, na proporção de 75% – 25%, respectivamente.

Proposta da Febrafite

Após o período de debate, o grupo reafirmou a proposta de Reforma Tributária da Febrafite e os seus princípios norteadores: neutralidade, competitividade dos produtos nacionais e fomento à indústria nacional, simplificação, não aumento da evasão fiscal, suficiência da arrecadação, fortalecimento das administrações tributárias, respeito à autonomia federativa, cooperação intergovernamental, segurança jurídica e cumprimento espontâneo da obrigação tributária, justiça e equidade fiscais e minimização dos riscos da transição para o novo modelo.

Para Gigliola, houve convergência do grupo em relação à grande parte do modelo apresentado por Giovanni Padilha por estar alinhada aos princípios defendidos pela Federação: “A proposta tem como pontos inegociáveis dos Estados a autonomia dos entes federados, a não redução das receitas próprias, a não redução das transferências recebidas e que seja criado um mecanismo de estímulo à desconcentração da produção”, esclarece.

A aprovação de melhorias no atual sistema tributário é consenso entre especialistas e integrantes do Fisco. O presidente da Febrafite, Juracy Soares, está confiante que o momento da reforma chegou: “Acredito que o momento é único na história do país, já que diversos setores da sociedade civil debatem o tema e concordam que temos que resgatar a confiança de empreendedores, com um ambiente amigável à geração de negócios e empregos. E o próprio Estado percebe que está no limite de sua capacidade gerencial”, diz Soares.

Gigliola considera que o trabalho foi produtivo, pois foi possível reafirmar a proposta da entidade e a aprofundar as discussões sobre o tema, considerado essencial para o desenvolvimento do país.

Fonte: Ascom/Febrafite

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