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“ICMS é um imposto falido”, alerta diretor José Roberto Lobato durante 5ª Rodada Regional

21 de fevereiro de 2017 Notícia

“ICMS é um imposto falido”, alerta diretor José Roberto Lobato durante 5ª Rodada Regional

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Preocupada com a complexidade do ICMS, que ao longo dos anos perde força e comprime ainda mais a fatia do bolo arrecadatório dos estados, a Afresp retoma as discussões com a base, nesta terça (21). Desta vez, AFRs das DRT-6 (Ribeirão Preto), DRT-15 (Araraquara) e DRT-8 (São José do Rio Preto) participam da 5ª Rodada Regional, em Ribeirão Preto (SP).

No ranking nacional, o estado de São Paulo lidera com a maior fatia do bolo, mas a receita dá sinais de declínio. Segundo dados da Sefaz-SP, em 2016, o estado arrecadou mais de R$ 127 bilhões do tributo estadual, valor inferior ao acumulado do ano de 2015, fechado em R$ 139 bilhões.

“O ICMS é um imposto falido e não recupera a posição que tinha anteriormente, vem perdendo espaço diante de outros impostos, e isso estreita a participação dos estados”, disse o Diretor de Assuntos Estratégicos e Comunicação, José Roberto Lobato.

O montante total de ICMS arrecadado em todos os estados caiu para R$ 350 bilhões em 2016, ante R$ 445 bi recolhido em 2015. Decodificando esses dados, as Rodadas Regionais, primeira etapa do Movimento Viva, têm como um dos objetivos diagnosticar quais as causas dessa crise arrecadatória.

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Presidente Rodrigo Spada falou durante abertura do evento.

“O importante desse trabalho é compreender como o imposto afeta o dia a dia do nosso trabalho e a economia de modo geral”, falou o presidente da Afresp, Rodrigo Spada.

As Rodadas Regionais irão debater os problemas que partem da base. Entretanto, não descarta a crise de dimensão nacional, que guarda muitos pontos de contato entre si. “O que podemos fazer para melhorar os processos internos e as formas de trabalho? O produto desse trabalho será melhor quando mais colegas da base estiverem envolvidos”, completou o presidente enaltecendo o protagonismo dos AFRs.

Como funciona a Rodada Regional

O objetivo das Rodadas Regionais é reunir o público interno para que, a partir de experiências em suas respectivas administrações tributárias, os Agentes Fiscais forneçam um panorama dos problemas causados pela crise do fisco paulista e quais os possíveis caminhos para a saída dela.

Cada Rodada terá duração de um dia, com início às 9h e término previsto para as 18h e sua programação estará dividida em dois períodos: o da manhã, destinado a discutir a natureza da crise, a forma como ela se apresenta no ambiente de trabalho de cada participante, suas manifestações e suas causas. O período da tarde será reservado para colher sugestões para a saída da crise.

O projeto é desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)e conta com o apoio da Febrafite.

Acervo de dados

Os participantes inscritos no site do Movimento Viva, independentemente de terem participado das Rodadas Regionais, também terão a oportunidade de contribuir com a apresentação de problemas e propostas de superação da crise. Podem ser enviados ideias, sugestões, artigos e depoimentos, através da plataforma colaborativa ‘Mapa da Crise – Sistema de Solução Compartilhada’.

O resultado obtido durante esse período será transformado em legado para a Coordenadoria de Administração Tributária (CAT), que poderá utilizar o conteúdo como insumo para projetos futuros.

Etapas do Movimento Viva

As Rodadas Regionais são voltadas a entender, com diversos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo, a crise interna. Já a segunda etapa consistirá na elaboração de um Workshop, ocasião em que serão selecionados trabalhos e propostas mais relevantes debatidos durante as rodadas.

Em um terceiro momento, haverá a realização de um Seminário Internacional, que pretende trazer visões da crise tributária atual no Brasil, experiências internacionais que ajudarão a balizar os debates sobre os rumos da reforma tributária, bem como apresentação de saídas para a crise maior – provocada, em parte, pelo modelo ultrapassado do ICMS -, que afeta os estados, municípios e União.

Dessa forma, o projeto apresenta duas frentes: a primeira, destinada a discutir a crise interna, do fisco, que afeta o dia a dia da gestão do tributo; e a segunda, voltada a entender e esmiuçar as saídas para a crise maior, trazendo elementos de reflexão sobre a construção de um possível modelo de reforma tributária mais eficiente para o País.

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