A operação realizada nesta quarta-feira (08/01), que ganhou destaque no Jornal Nacional, revelou um esquema de fraude e sonegação fiscal de mais de R$ 150 milhões em impostos envolvendo a Indústria Brasileira de Cigarros (IBC), localizada na zona oeste de São Paulo. Reportagem completa: clique aqui
A ação foi conduzida pelo CIRA-SP (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos no Estado de São Paulo), que é uma iniciativa conjunta da Secretaria da Fazenda e Planejamento, do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Seu principal objetivo é combater crimes tributários, como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, além de recuperar ativos obtidos ilegalmente e reaver créditos fiscais devidos ao Estado.
Em 2022, o CIRA-SP recuperou aproximadamente R$ 1 bilhão aos cofres públicos, recursos que foram destinados a serviços essenciais como segurança, saúde, educação e assistência social.
A “Operação Narmer” mobilizou auditores fiscais, procuradores de estado e promotores da Justiça em 22 endereços na capital paulista, no interior do estado e em Pernambuco.
Investigações apontam que a empresa estava sob controle de milicianos do Rio de Janeiro, que assumiram a gestão da fábrica e transferiram a propriedade para um laranja.
Durante a operação, foram apreendidos pouco mais de R$ 45 mil em dinheiro, dezenas de certificados de uma marca de relógios de luxo e obras de arte, algumas atribuídas a artistas renomados. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens, imóveis e aplicações financeiras dos investigados.
A Afresp parabeniza os AFREs pelo trabalho realizado. Essa operação destaca a importância da atuação dos auditores fiscais, expostos a alto grau de risco em defesa da sociedade, e das autoridades no combate à sonegação fiscal e ao crime organizado.