Afresp

Resiliência

Menos porque merecidos e muito mais por serem justos e necessários, queríamos demais ver aprovados o PLC 45 e a PEC 5 pela Assembleia Legislativa, ainda neste ano de 2016. Justos porque viriam a corrigir distorções criadas ao longo dos últimos anos e que trazem grandes perdas e indignação à nossa classe. Necessários porque somente a aprovação de ambos criará as condições necessárias a um ambiente organizacional que proporcione desempenho superior na arrecadação paulista de tributos.

O PLC já foi aprovado. A PEC recebeu parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça e, ao que tudo indica, seguirá seu trâmite no início do ano legislativo, em fevereiro de 2017.

Se a frustração com esse resultado é inevitável a todos nós, a vontade de vencer há de ser ainda maior. Motivos para acreditar não nos faltam. Nunca, desde o meu ingresso na Fazenda, havia visto tanto empenho de diferentes partes, juntas, na busca do objetivo comum.

Ver a luta do Sinafresp, com dedicação e comprometimento e recebendo todo o apoio que a Afresp consegue dispensar, já é motivo de satisfação. Presenciar as duas entidades serem acompanhadas pela quase totalidade de delegados regionais tributários nas reuniões com deputados estaduais na busca pela aprovação das leis foi uma experiência que me encheu de orgulho e pertencimento à nossa valorosa classe.

Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Reunimo-nos com o governador, secretários do Governo, com o presidente da ALESP e com a maioria dos deputados. Nas inúmeras visitas a gabinetes, telefonemas, reuniões de trabalho e incontáveis os ofícios, e-mails e mensagens por Whatsapp, asseguramos que o custo com a reparação seria superado pelos resultados. Os delegados regionais expuseram que a aprovação das matérias é condição necessária para que os interesses do estado de São Paulo sejam atendidos. Escutamos todos os “não”, os “a situação financeira é complicada”, os “o momento político é ruim” e todos os “no ano que vem deve ser mais fácil” que poderíamos escutar. Acabamos com todo o estoque de negativas e tergiversações dos Poderes Executivo e Legislativo do Estado.

Além e à frente das instituições, esteve na luta cada Agente Fiscal de Rendas que vestiu a camisa da campanha classista, que cruzou os braços, que suportou a pressão financeira e psicológica e que entregou o seu cargo. Todo o reconhecimento a essa nossa brava gente.

Comecemos 2017 em grande estilo. Emprestemos todo o nosso apoio ao Sindicato que nos representa, ao seu presidente e à sua diretoria que se dedicaram ao extremo e lutaram a boa luta. Somos testemunhas disso. Envidemos o respeito e a ajuda que os delegados regionais precisam e merecem para que se desincumbam de suas obrigações. Sejamos gratos aos deputados que nos apoiaram e que se postaram ao nosso lado. Reconheçamos o apoio dado pelos Gestores da Administração Tributária que reforçaram os pleitos da categoria junto ao Governo. Acreditemos no Secretário da Fazenda e respeitemos a pessoa do Governador. Façamos em 2017 a política que queremos que seja praticada pelos nossos governantes e, principalmente, lutemos com a nossa maior arma: a força de uma classe altamente capacitada e com enorme potencial realizador.

O ex-secretário numa visão míope afirmou que a nossa classe é formada por profissionais com grande habilidade na resolução de questões de múltipla escolha. Não sabe ele que nossas grandes capacidades, que nos diferenciam da grande maioria da população, são a dedicação, a disciplina e a superação das adversidades. Sem esses atributos não se obtém a aprovação num concurso tão disputado. Lancemos mão desses nossos diferenciais até que nossos objetivos sejam obtidos.

Se o ano legislativo se encerra nos próximos dias, se o ano fiscal se encerra no dia 31 de dezembro, o ano de 2016 para o Agente Fiscal de Rendas só se encerrará quando virmos a PEC 05 promulgada.

Mantenhamos a mobilização e a união!

Rodrigo Spada