O cenário de 2022 foi de Guerra da Ucrânia, inflação global, indício de recessão em alguns países, eleição nacional, risco fiscal, mas o Fundo da Afresp esteve de acordo com seu benchmark, mantendo uma rentabilidade saudável no período.
Tratando-se de instrumento de investimento conservador, a carteira de investimentos da Afresp segue 74% alocada em pós-fixado, 18% em inflação e uma parte menor em ativos pré-fixados. A volatilidade do fundo se dá, principalmente, na parte de inflação, composta de NTN-B (Tesouro IPCA), que oscilam preços frente à marcação a mercado da posição.
O ano de 2023 também começa com desafios para o mercado no geral. O estresse da curva de juros diante do risco fiscal em janeiro, eventos de crédito, como os da Americanas e da Light, e a questão dos juros pelo mundo trazem incertezas.
A todo esse cenário, soma-se a mudança da regra da CVM referente à marcação do preço dos ativos de Renda Fixa Corporativas e Título Público, diminuindo a liquidez em um segmento que já tinha seus spreads afetados. Vale reforçar que a carteira do Fundo Afresp é bem diversificada: temos papeis bancários, risco soberano (Tesouro), papéis de crédito corporativo e cotas de fundos que operam também esse nicho.
A Indústria de Fundos, cujo portifólio carrega posição nos segmentos mencionados, foi afetada, mas mesmo diante de todos os pontos relatados, manteve rentabilidade em linha com seus ativos, prazo e perfil.
Os meses de março e abril mostram a reação positiva do portifólio com o movimento de juros futuro menos agressivo. O Fundo segue com a característica conservadora, alocada em posições diversas de Renda Fixa, buscando caminhar acima do CDI no longo prazo.