Conselho Deliberativo analisa criação do Fundo de Apoio ao AFR
Os membros do Conselho Deliberativo se reuniram no dia 23 de julho na sede da Afresp. Compareceram 20 Conselheiros titulares e três suplentes, entre eles o presidente do C.D., Paulo Henrique Cruz; o vice-presidente, Luiz Carlos Benício; o 1º secretário, Pedro de Oliveira Abrahão; e o 2º secretário, Leandro Radusweski Quental. Pela diretoria Executiva, estiveram presentes o 1º tesoureiro e diretor Financeiro e de T.I., Denis da Cruz Mângia Maciel; e o secretário geral e diretor do InvestAfresp e Regionais, Matheus Lima.
O primeiro item da pauta foi a aprovação da ata da reunião anterior, de 25 de junho, que foi aprovada e recebeu seis abstenções. O item seguinte tratou da criação do Fundo de Apoio ao AFR, da diretoria Executiva. O C.D. recebeu a proposta do Fundo na última terça-feira (19/07), e o presidente Paulo Cruz disse ser muito importante divulgá-lo para a classe, mas sugeriu que ele fosse melhor analisado para ser aprovado e, para isso, enumerou suas razões:
a) Considerando que os valores do Fundo de Apoio ao AFR proposto pela Diretoria Executiva são elevados para as finanças da Afresp, pois o pedido é de R$ 1.500.000,00, podendo aumentar conforme o exposto no ofício da Diretoria Executiva; b) Considerando que o contrato de mútuo pode gerar fator de investigação na hipótese de deflagração de greve, pois há a perfeita identificação do associado tomador do dinheiro junto à Afresp; c) Considerando que não há urgência, pois não existe notícia de qualquer punido pela Administração; d) Considerando que a notícia nos meios midiáticos de que o Sinafresp não é insolvente; e) Considerando que há o pagamento de mensalidade ao Sinafresp; f) Considerando que o Sinafresp tem capacidade jurídica e expertise para a criação do Fundo de Greve. Aliás, fato já noticiado nas redes sociais; g) Considerando que a Afresp é entidade afastada de tributação e a passagem de dinheiro ao associado pode vir a ser entendida como uma forma de distribuição pecuniária; h) Considerando a interpretação teleológica do art. 115 combinado com o art 78A da nossa Magna Carta; i) Considerando o art. 44, inciso VIII, que é de competência originária deste Conselho Deliberativo decidir sobre proposta de despesa não constante no orçamento anual; j) Considerando que é de competência exclusiva da Comissão Fiscal nos termos do art. 52, inciso VII do Estatuto Social da Afresp. Com base nestes argumentos e nos termos do art. 19 e seguinte, ele determinou que a Comissão Fiscal exare um parecer sobre o assunto. |
O presidente da Comissão Fiscal, Thiago Martins, disse que, como recebeu o regulamento na última 3ª feira, não houve tempo suficiente para examinar o assunto. Para ele, há uma preocupação grande com o Fundo, que arrisca a Associação desviar de sua finalidade. Ele sugeriu apresentar um parecer na próxima reunião do C.D.
O diretor Financeiro, Denis Mângia, solicitou ao presidente Paulo Cruz fazer sua apresentação sobre as regras do Fundo aos Conselheiros, no que foi atendido. O Conselheiro Luiz Carlos Toloi Jr disse que já consta no orçamento um Fundo com objetivo semelhante; a novidade é que agora o colega terá um apoio no caso de desconto em folha de pagamento. O Conselheiro Fabiano Buchetti concorda com Toloi e disse que é importante o Fundo devido à situação crítica vivenciada pela classe. Para ele, assim, a Afresp se fortalece, e as duas entidades (Afresp e Sinafresp), trabalhando juntas, fortalecem também a carreira.
O diretor Denis fez sua apresentação sobre o Fundo de Apoio e explicou os motivos da proposta. O primeiro deles é servir como um apoio mesmo ao AFR e também ao trabalho do Sinafresp, que atua na linha de frente na defesa dos interesses dos colegas, e é o papel da Afresp como entidade de classe. Há também parecer jurídico favorável à criação do Fundo, que dá importância à Associação no amparo e segurança do associado. O governo percebe o movimento organizacional e institucional dos AFRs e que a Associação está do lado do associado.
Com relação às aplicações financeiras não vinculadas, o valor destinado ao Fundo representa 5,2% do total. Esses recursos serão utilizados somente para custeio, subvenção ou colaboração no planejamento e execução de ações de mobilização voltadas aos interesses dos associados, incluindo a defesa judicial de direitos.
Outro caso de uso do Fundo é quando o associado sofrer corte de ponto devido a mobilizações pela classe. A Afresp cederá o valor equivalente ao corte, em forma de empréstimo, ao associado, que, no fim da negociação salarial e a reversão do pagamento, deverá devolver à Afresp o valor recebido.
Para Denis, a diretoria Executiva está tranquila com o Fundo porque ele atende à finalidade estatutária da Afresp, tem parecer jurídico favorável e é prudente, por utilizar 5% das aplicações disponíveis não vinculadas da Afresp. O processo foi encaminhado para a Comissão Fiscal.
O próximo item da pauta foi o pedido de esclarecimentos da reestruturação do departamento de Seguros (agora InvestAfresp), solicitado pelo Conselheiro Claiton do Amaral ao diretor Matheus Lima. Segundo o Conselheiro, a mudança no atendimento tem desagradado alguns associados. A renovação das apólices de seguros é feita hoje pela Sede por telefone, e antes era feita nas Regionais. Claiton disse que os associados preferem ser atendidos pelos colaboradores da Regional, por ter um atendimento mais individualizado. Matheus disse que a mudança é grande, e que alguns problemas podem surgir nesse período.
Ele fez uma apresentação mostrando os custos e receitas do departamento, tanto na Sede quanto nas Regionais, e afirmou também que até agora, mesmo com a contratação de uma nova corretora de seguros de vida, ainda não houve uma renovação desta carteira. O resultado superavitário do seguro de vida é mais pela renegociação contratual do que pela inscrição de novos segurados.
Com relação ao novo atendimento na renovação dos seguros, feito hoje pela sede, isso traz mais tempo disponível para os colaboradores das Regionais trabalharem tanto na captação de novos seguros quanto nas atividades internas, como a realização de orçamentos para obras, organização de eventos, entre outros. Isso também propicia aos colaboradores da Sede do InvestAfresp mais treinamentos específicos das parceiras da Afresp para auxiliar os associados em problemas mais particulares, como sinistros, por exemplo.
Matheus disse ainda que, com essa nova metodologia, houve um aumento de receita já em 2016 sem contratar nenhum colaborador a mais, e sim uma troca por profissionais que já atuavam no mercado. Com a adoção do ColWeb, o cálculo dos valores dos seguros ficou mais ágil, e a tendência é que o aviso aos associados do vencimento das suas apólices seja feito com mais antecedência.
Ainda foi discutida a contratação do novo corretor de seguros, Bernd Nestrojil, que antes havia prestado consultoria à Afresp nos departamentos Administrativo/Compras, Amafresp, RH e Seguros. Este corretor entrou no lugar da corretora anterior, a Le Dix, que não teve o contrato renovado.
O vice-presidente Luiz Carlos Benício disse que a Comissão de Seguros do C.D. não foi consultada sobre a reestruturação do departamento. O diretor Matheus, na discussão sobre a mudança da alocação dos custos (das Regionais para a Sede), falou que é importante considerar mais departamentos envolvidos na operação, como a Comunicação e o Financeiro, para compor os custos totais. Com a reestruturação, as Regionais podem se dedicar mais à captação de novos seguros. Além disso, segundo Matheus, as Regionais tiveram seu orçamento triplicado para a realização de eventos e, com isso, houve um aumento no número de festas e encontros já em 2016.
O Conselheiro Henning von Rautenfeld disse que reparou que falta uma espécie de apoio aos segurados no interior, para quem os associados possam recorrer em caso de problemas ou dúvidas. Para ele, gasta-se mais tempo em fazer mais seguros novos do que manter o contato com quem já tem. Vale a pena fazer um esforço maior para orientar os colaboradores das Regionais para orientar os associados nesse sentido. Ele comentou ainda que há necessidade de um contato mais próximo, mais humano, dos colaboradores da Regional com o associado. Matheus disse que eles podem fazer as renovações dos seguros, mas eles aconselham os associados a fazerem isso pela Sede.
Ele disse que tem se esforçado muito para fornecer um atendimento de excelência aos associados. Os colaboradores da Sede querem manter uma ponte de amizade com os associados, prestando o melhor atendimento tanto em caso de renovação de seguros quanto nos sinistros. O Conselheiro Claiton Osnir do Amaral pediu ao diretor Matheus para que ele visite a Regional de Piracicaba para prestar mais esclarecimentos aos associados.
O Conselheiro João Álfaro Soto pediu a palavra e disse que no Estatuto Social da Afresp já há um Fundo de Reserva, e pede à Comissão Fiscal para que o analise e, mudando alguns artigos, sirva como Fundo de Apoio, sendo desnecessária a sua criação.
Depois de muito discutir sobre as mudanças do InvestAfresp, o presidente Paulo Cruz disse que a Afresp trabalha com um guarda-chuva de proteção ao associado, e pediu ao diretor Matheus para aproximar o nível de atendimento de excelência da Sede para as Regionais.
O Conselheiro Fabiano Buchetti precisou se ausentar da reunião às 12h20, e o Conselheiro Hélio Bandeira, presidente da Comissão de Seguros, pediu alguns esclarecimentos ao diretor Matheus, no que foi atendido, e solicitou a entrega dos relatórios trimestrais do departamento à Comissão, o que não aconteceu neste ano ainda.
O vice-presidente Luiz Carlos Benício solicitou a votação de envio de ofício à diretoria Executiva para obter as vias dos contratos celebrados com a antiga corretora de seguros e o contrato com a nova corretora. O pedido foi aprovado por unanimidade.
Para encerrar a reunião, o presidente Paulo Cruz fez um requerimento aos diretores Denis e Matheus para conversar com o presidente da Afresp, Rodrigo Keidel Spada, sobre a publicação do regulamento da Casa do AFR no site da Afresp, na área do Conselho Deliberativo.