O agravamento de casos de Covid-19 no Estado de São Paulo tem causado muita preocupação na Amafresp. Somente ontem, dia 17/03, o estado bateu recorde de pacientes internados desde o início da pandemia, com 25.880 pessoas, sendo 11.109 em UTIs e 14.771 em enfermaria.
Com hospitais já lotados e alguns próximos de lotação, tornou-se comum a dificuldade em conseguir um leito, até mesmo em hospitais infantis da rede credenciada da Amafresp, como o Sabará. A Amafresp vem acompanhando o cenário com apreensão, oferecendo todo o cuidado necessário a cada filiado infectado.
Em casos recentes, filiados precisaram esperar até 24 horas para conseguir um leito, sendo que alguns foram removidos para cidades próximas. No caso específico de uma filiada em Santos, a autogestão se empenhou para encontrar um leito disponível nos hospitais da capital para a remoção, já que em sua cidade todos estavam lotados. Diante da demora, a família optou por interna-la no SUS, onde permanece entubada.
A Diretora da Amafresp, Janaina Zacarchenco, falou sobre as dificuldades do momento. “No momento atual, estamos enfrentando uma fase crítica na procura de leitos para transferência dos nossos associados, tanto na capital como no interior. A procura de leitos para transferência tem se arrastado durante dias e muitas vezes sem sucesso”.
Na última transferência realizada pela Amafresp, foram feitos contatos com mais de 20 hospitais, tendo como retorno a mesma negativa, de que a unidade está trabalhando na sua capacidade máxima de leitos utilizados, com pacientes em espera nos respectivos prontos-socorros. Em um dos hospitais, haviam 13 pessoas aguardando leitos. “Sinto a sensação de impotência por não conseguir atender nossos associados da melhor forma possível. A imprensa, a todo momento, fala em colapso na saúde, por isso deixo um recado: se cuidem e só saiam em caso de extrema necessidade”, alertou Mabel Machado, assistente social da Amafresp.
O cenário é alarmante. Em 2020, a Amafresp registrou 20 mortes por Covid-19 de abril a dezembro. Neste ano, em apenas 3 meses, já ultrapassamos o total de mortes do ano anterior, com 23 óbitos registrados.
A exposição desse cenário surge diante da necessidade de conscientizar todos os filiados sobre o momento alarmante que o Brasil atravessa. A autogestão, comprometida com assistência à saúde, reforça que é essencial ficar em casa. A melhor estratégia contra a Covid-19, neste momento, é se resguardar do risco iminente. A Amafresp solicita que serviços médicos não-emergenciais, como consultas e cirurgias, sejam adiados até que seja seguro, para evitar possíveis contaminações com a Covid-19.
Se precisar sair, redobre os cuidados contra a doença mantendo as mãos sempre higienizadas com água e sabão ou álcool em gel, garantindo o distanciamento social de 1,5m entre as pessoas e usando máscara o tempo todo.
Veja abaixo a situação das internações e óbitos nos anos de 2020 e 2021.