Veja como foi o primeiro dia do Congresso Febrafite, em Fortaleza
[datar]O 11º Congresso Nacional e 6º Internacional da Febrafite acontece no hotel Gran Marquise, em Fortaleza (CE) e começou no domingo (11/06). Pela Afresp marcaram presença o presidente da Afresp, Rodrigo Keidel Spada; e membros da diretoria Executiva, Designada, Regionais e Conselho Deliberativo.
Nesta segunda (12/06), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, foi o palestrante da conferência de abertura. Ele mostrou um panorama político nacional e internacional – assunto particularmente importante na atual situação do Brasil. “Neste momento, o Brasil está proibido de crescer porque o setor privado está com seu passivo estrangulado”, disse. Ele lembrou também da polarização na política, que chegou inclusive ao eleitorado. “A política precisa se exercitada para além das páginas dos jornais e de uma conversa franca entre adversários, além de ter limites, precisa ter valores e premissas”.
O 1º vice-presidente da Febrafite, Lirando de Azevedo Jacundá, que coordenou a mesa de abertura, lembrou a importância de os governantes combaterem o desperdício de dinheiro público em obras abandonadas.
O secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Benevides Filho, fez sua apresentação no período da tarde e comparou o desempenho econômico do Brasil com o de outros países – e a conclusão não é nada positiva: uma retração de 0,40% entre o 1º trimestre de 2016 e 2017. Além disso, analisou as reformas em curso no Brasil, como a previdenciária e trabalhista. “A regra que está colocada é impossível de ser cumprida. Os efeitos da proposta vão cair principalmente sobre os trabalhadores rurais, cuja maior incidência está nas regiões norte e nordeste do país. Será que isso é justo?”, indagou.
O secretário executivo do Ciat (Centro Interamericano de Administrações Tributárias), Marcio Verdi, fez sua apresentação no período da tarde. Com o tema “Desafios futuros para as administrações tributárias“, sua palestra foi dividida em dois momentos. O primeiro foi dedicado aos desafios atuais, e o segundo, à evolução da política tributária internacional e seus desafios.
O diretor nacional de Serviço de Impostos Internos (SII) do Chile, Fernando Barraza, falou em seguida e explicou como a reforma tributária chilena está sendo planejada. “O modelo de gestão de risco é a chave para o sucesso de uma reforma tributária. Definimos que o antigo modelo de gestão de cumprimento tributário já estava esgotado. Por isso nos perguntamos: qual é o nível de risco de cada contribuinte? Conhecendo esse perfil já alcançamos há dois anos resultados positivos”, afirmou.
Em seguida, o diretor de Receita da Cidade Autônoma de Buenos Aires, Demian Tujsnaider, mostrou como funciona o sistema tributário argentino, no qual a União fica com a maior parte da arrecadação. “Soma-se a isso o fato de que o governo central aumenta os impostos dos estados para financiar os seus gastos”, explicou.
O senador José Pimentel (PT-CE) esteve presente ontem à abertura do Congresso. “O Fisco é a base da arrecadação, para que possamos financiar as políticas públicas, os investimentos, e a alavancagem da nossa economia”.
O diretor de Comunicação e Assuntos Estratégicos da Afresp, José Roberto Soares Lobato, que apresentará sua palestra sobre o Movimento VIVA no dia 13/06 (quarta-feira), falou da importância do Congresso da Febrafite, que acontece em um momento muito especial no país. “É uma iniciativa sensacional, de reunir pessoas de todo o Brasil e de vários países, estreitando esses elos que nos unem”.