Regional de Ribeirão Preto realiza campanha de educação ambiental; confira o 11º artigo da série
[datar]A Regional de Ribeirão Preto fez uma parceria com a empresa Vereda Viva, de Consultoria Ambiental, e vem realizando ações de educação ambiental na cidade.
O primeiro evento foi um encontro com associados e moradores do Recreio Internacional, onde está o Centro de Convivência, no dia 13 de junho de 2015. A outra atividade foram vivências com alunos do 1° ao 5º ano, na EMEF Eponina Britto Roseto, que aconteceu no dia 29 de julho do mesmo ano.
Foram também publicados artigos sobre meio ambiente no site da Afresp. Veja abaixo o 11º artigo da campanha.
Sustentabilidade: realidade ou utopia?
A imagem da bela esfera azul flutuando no espaço, obtida pela primeira vez por astronautas, em 1972, revelou à humanidade uma realidade ignorada até então: a finitude do planeta e de seus recursos naturais. O olhar para a Terra sob uma nova perspectiva contribuiu para o início de um processo de conscientização do homem sobre o seu papel no planeta. Neste mesmo período, a população humana crescia de modo exponencial, mais que dobrando em número de habitantes nos últimos 50 anos. Isso não seria um problema para a superfície terrestre, não fosse a velocidade com que os recursos naturais são consumidos pela população, ainda em crescimento.
O sistema econômico vigente no mundo contemporâneo está baseado no consumo. Todos precisamos consumir para viver, mas nem tudo o que consumimos é necessário para nossa sobrevivência. Em uma busca constante por conforto e por uma melhor qualidade de vida, o ser humano tem desenvolvido tecnologias que permitem o maior domínio e controle dos sistemas naturais. No entanto, o homem parece ter se perdido nesta busca. Se, por um lado, as tecnologias nos permitem explorar a superfície de outros planetas, por outro, desconhecemos o funcionamento de grande parte dos oceanos. Estamos buscando água universo afora, enquanto a água da Terra está sendo degradada a uma velocidade incrível. Conseguimos produzir alimentos transgênicos, mas a fome no mundo só aumenta. Enfim, de que serve tanto crescimento se não estivermos focados em resolver os problemas que enfrentamos agora?
Há alguns anos, foi necessário que se criasse um termo que servisse como ideal de desenvolvimento a ser seguido, no sentido de orientar a forma como as populações do século XXI deveriam orientar o seu próprio crescimento. “Sustentabilidade” é suprir as necessidades das atuais gerações, sem comprometer os recursos naturais para as futuras gerações. É utilizar os recursos sem esgotá-los, de modo que a própria humanidade se sustente ao longo do tempo. Para tanto, cientistas ambientais observaram os sistemas naturais que se sustentam há milhões de anos e, na tentativa de imitar as estratégias da natureza, criaram quatro princípios, nos quais devemos nos basear para se alcançar a sustentabilidade: aproveitar a energia solar; promover a biodiversidade; controlar o crescimento populacional; preservar a circulação de nutrientes nos ecossistemas.
No entanto, muitos especialistas da área afirmam que o crescimento das sociedades capitalistas é incompatível com o desenvolvimento sustentável, pois são diferentes por princípio. Ainda que seja uma utopia em escala global, modelos de populações sustentáveis já existem. De todo modo, seguir os princípios da sustentabilidade reduzem o nosso impacto no planeta e nos faz caminhar na transição para sociedade mais responsáveis.
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”, disse Eduardo Galeano.
Anayra G. Lamas Alcantara/ Aloysio P Teixeira
VEREDA VIVA Consultoria Ambiental LTDA
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