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Regional de Ribeirão Preto realiza campanha de educação ambiental; confira o quinto artigo da série

19 de outubro de 2015 Notícia

Regional de Ribeirão Preto realiza campanha de educação ambiental; confira o quinto artigo da série

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A Regional de Ribeirão Preto fez uma parceria com a empresa Vereda Viva, de Consultoria Ambiental, e vem realizando ações de educação ambiental na cidade.

O primeiro evento foi um encontro com associados e moradores do Recreio Internacional, onde está o Centro de Convivência, no dia 13 de junho. A outra atividade foram vivências com alunos do 1° ao 5º ano, na EMEF Eponina Britto Roseto, que aconteceu no dia 29 de julho.

Foram também publicados artigos sobre meio ambiente no site da Afresp. Veja abaixo o quinto artigo da campanha.

A crise chegou? Vamos combater o desperdício!

Em tempos de crises e mudanças globais, vale a pena repensar nossos hábitos cotidianos para buscar oportunidades de economia. Com o aumento constante dos preços da energia elétrica, da água, dos combustíveis, dos produtos e serviços de modo geral, é importante reduzir ou eliminar o consumo de muitos itens. Desse modo, a economia gerada nas contas poderá contribuir para que a crise seja atravessada. Além disso, manter essa economia no futuro pode favorecer a construção de um modelo de vida mais eficiente, com menos gastos de recurso, tempo e dinheiro. O Brasil é um dos países campeões em desperdício. Mas, por que esta cultura está tão arraigada em nosso povo?

No ano de 1.500, ao se depararem com um imenso e exuberante território, os portugueses acreditaram ter descoberto uma fonte de infindáveis recursos e riquezas, pronta para ser conquistada e explorada. Os povos nativos de nosso país já utilizavam os recursos naturais com sabedoria, extraindo apenas o necessário e respeitando os ciclos naturais. Durante toda a colonização brasileira, outros povos imigrantes, vindos de países pequenos, não sentiam aqui as limitações e dificuldades para a produção agrícola, obtenção de água, madeira, exploração de metais preciosos etc. Essa primeira e ilusória impressão de que os recursos seriam infindáveis acabou por se arraigar na cultura local e passou de geração a geração até os dias atuais.

Muito mais do que uma questão ambiental, a cultura do desperdício envolve todos os setores da sociedade, afetando diretamente a qualidade de vida das pessoas. Tudo é passível de ser desperdiçado, desde papel de escritório, energia elétrica, água e alimentos, até o tempo, os talentos pessoais e as oportunidades. E as origens do desperdício do que quer que seja são as mesmas: o descaso, a desatenção, a falta de conhecimento ou o consumismo. De modo geral, mais de 15% do PIB de nosso país é jogado fora por conta da cultura do desperdício!

Durante o percurso do alimento do campo à mesa brasileira, estima-se que 33% da produção é desperdiçada! Em alguns municípios, o desperdício de água, apenas nos sistemas de distribuição, chega aos exorbitantes 50% e as falhas na distribuição de eletricidade atingem 18%! Isso sem considerar a quantia desperdiçada durante o uso destes recursos. Outras formas de desperdício que resultam em perdas de valor incalculável são os talentos humanos, o tempo e a falta de eficiência de produtos, sistemas e serviços. Apenas no sistema judiciário, a lentidão dos processos é estimada em perdas anuais de mais de U$ 10 bilhões aos cofres públicos!

A boa notícia é que é possível mudar. Da mesma forma que esta cultura foi, um dia, criada, ela também pode ser transformada. Aliás, temos exemplos claros em nossa história recente, de momentos em que a sociedade se reinventou e criou oportunidades para mudar a situação. Como durante o apagão de energia em 2001, em que as pessoas passaram a substituir as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes para economizar energia elétrica, e reduziram ao máximo o desperdício nas ações do dia a dia devido ao racionamento. Em 2014, diversas iniciativas tiveram início para combater a crise de abastecimento hídrico que assolou diversas cidades do Sudeste, especialmente a região da Grande São Paulo: muitas pessoas passaram a captar água das chuvas, diminuir o tempo no banho, abandonar hábitos como lavar calçadas e carros etc. Ainda, diversas empresas passaram a implantar tecnologias para o aproveitamento da água de reuso. Nesta lógica, 1 litro de água de reuso significa 1 litro a menos de água que seria desperdiçada. Saindo de sua zona de conforto, as pessoas conseguem reduzir o consumo excessivo e economizar.

Na esfera privada, a organização pessoal e do ambiente de trabalho ajudam a reduzir desperdício. Com a internet mais presente na rotina das pessoas, principalmente através de aparelhos móveis, e com a possibilidade de atender demandas externas a qualquer momento, a dispersão mental durante os dias de trabalho e de descanso tornou-se muito mais comum. É preciso estar atento a isto, pois investir na eficiência de cada hora de trabalho nos rende mais qualidade e mais tempo livre.

Referência:
BEI. Como combater o desperdício. BEI. São Paulo, 2005 p. 271.

Anayra G Lamas Alcantara/ Aloysio P Teixeira
VEREDA VIVA Consultoria Ambiental S/S LTDA


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